‘Bolachão ainda cativa fãs mais nostálgicos
30/01/2015
2:50 PM
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Palloma Mina / Fotos: Silvio Cesar
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Atualizado em 02/02/2015 2:47 pm
Mãos coçando – Marcelo se controla para não comprar o que deve vender
Eles são grandes, ocupam espaço e dificilmente você vai encontrar um aparelho para escutá-los. Entretanto, reinam soberanos nos corações de uma legião de fãs. Estamos falando dos bons e velhos discos de vinil. No Sebo do Messias, um dos maiores da Capital, pelo menos 50 LPs são vendidos por dia e os mais raros causam disputa entre os clientes. Os preços variam de R$ 2 a R$ 500.
Nesse sebo, é o lobo quem toma conta das ovelhas. O vendedor responsável pela área dos discos é Marcelo Melo, também colecionador das bolachas de vinil. “Os mais procurados são os de rock clássico, como Rolling Stones, Led Zepelin, Beatles, Black Sabbath, Metallica e Iron Maiden. Também há muitos interessados em discos de jazz. Preciso me controlar se não compro todos.”
Ele contou o caso de uma senhora que vendeu a coleção de 300 LPs do tenor italiano Beniamino Gigli. Depois de um mês, ela retornou para tentar recuperá-los. “Os vinis eram do mariado dela, um idoso que chegou a ser hospitalizado quando soube que seus discos tinham sido vendidos”. Por sorte, os álbuns ainda estavam na loja e foram devolvidos à família.
Para o colecionador de discos e gerente administrativo do Conservatório Souza Lima Erick Ferreira, quem gosta de vil é nostálgico. “Eu sou muito fã dos encartes, havia uma preocupação grande com as imagens, a capa do disco já dizia muito sobre a obra. Parte deste encanto se perdeu com os CDs e está quase extinto na Era do MP3.” Ele não sabe quantos LPs tem em casa.
“Já vi um disco do Djavan custar R$ 200. Depende do estado de conservação e da quantidade disponível”, disse.
Tesouros – Quem curte LPs encontra nos sebos a chance de descobrir várias raridades