Ex-jogador do Flamengo de Guarulhos morre em tragédia

30/11/2016
8:48 AM
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Raphael Pozzi
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Atualizado em 01/12/2016 10:03 am

O atacante Tiaguinho, que jogou pelo Flamengo de Guarulhos na Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2013, estava no avião que caiu na terça-feira, 29, levando quase toda a delegação da Associação Chapecoense de Futebol, time de Santa Catarina. Ele morreu no acidente.

Outro atleta que disputou partidas pelo Corvo e integra o elenco do time de Chapecó, mas que não viajou por conta de uma lesão no joelho, é o meia Hyoran. Ele disputou jogos na Série A3 do Campeonato Paulista pelo Corvo em 2011, emprestado pelo Corinthians. No ano seguinte o atleta fechou contrato com a Chapecoense e está no clube desde então.

O jornalista e assessor de imprensa do Flamengo de Guarulhos, Marcos Vieira Ribeiro, contou que conheceu Tiaguinho no fim de 2012, quando foi contratado pelo Corvo. O time Sub-20 estava em preparação para a disputa da Copa São Paulo de Futebol Júnior no ano seguinte. “Ele era reserva, número 29, mas sempre aceitou bem a situação”, comentou.

A relação entre os dois começou quando o torcedor e também jornalista Ronald Santos os apresentou. “Eu fiquei bem próximo dele por conta disso. A gente conversava bastante, tínhamos praticamente a mesma idade. Era uma pessoa sensacional, sempre foi muito tranquilo, gente boa”, contou.

O acidente aéreo aconteceu na madrugada de terça com a delegação da Chapecoense e matou 71 das 77 pessoas que estavam a bordo da aeronave da companhia boliviana Lamia. O time viajava a Medellín, na Colômbia, para disputar a primeira partida da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional. Esta era a primeira decisão internacional de um time de Santa Catarina.

Times de Guarulhos decretam luto

Os dois times de futebol profissional da cidade publicaram nota de pesar durante a manhã de terça. O Flamengo informou que “lamenta profundamente o incidente ocorrido com a gloriosa Associação Chapecoense de Futebol”. A equipe também declarou apoio e enviou votos de solidariedade às famílias das vítimas.

A AD Guarulhos disse em uma rede social que “hoje o futebol não tem cor, não tem hino, não tem camisa. Hoje o futebol está de luto. Oremos pelos familiares e irmãos que partiram”, uma declaração também utilizada por diversos torcedores.

Tragédias semelhantes são lembradas

A tragédia ocorrida nesta madrugada com a Chapecoense não foi o primeiro acidente aéreo que atingiu o futebol. Em 1949, o time italiano do Torino, tetracampeão nacional à época, fez um amistoso com o Benfica e, na volta à Itália, a aeronave bateu contra o muro da Basílica de Superga. Nenhum dos 31 passageiros e tripulantes sobreviveu.

Nove anos depois, em 1958, o inglês Manchester United, depois de um empate por 3 a 3 contra o Estrela Vermelha e uma classificação para as semifinais da Liga dos Campeões daquele ano, perdeu oito jogadores.

Seis pessoas sobreviveram

A Aeronáutica Civil da Colômbia divulgou que sete pessoas foram resgatadas com vida, entre eles os jogadores Alan Ruschel, Jackson Ragnar Follmann, Hélio Zampier Neto e Danilo Padilha, que morreu no hospital. Os tripulantes Ximena Suárez e Erwin Tumiri e o jornalista Rafel Henzel também sobreviveram ao acidente.

A aeronave deveria ter pousado em Medellín às 0h33, pelo horário de Brasília, mas perdeu contato com a torre de controle quando sobrevoava o município de La Ceja, a quase 30 quilômetros do destino.

Esta foi a maior tragédia da história do esporte. Até então, o acidente ocorrido com o time italiano do Torino, em 1949, vitimou o maior número de jogadores de futebol. Foram 31 mortos, sendo 18 atletas. Nove anos depois, um avião com o elenco do Manchester United também caiu, matando 28 pessoas, sendo oito jogadores.