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Governo pretende reduzir repasse a hospital


02/06/2017
9:28 AM
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Eurico Cruz
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Atualizado em 05/06/2017 10:02 am

O governo municipal estuda um plano de repactuação junto ao Hospital Stella Maris, no Itapegica, que pode culminar na redução do repasse para a entidade filantrópica. Segundo o vereador e líder de governo, Eduardo Carneiro (PSB), o intuito não é cortar o repasse de verbas ao hospital, mas estipular metas pela Secretaria de Saúde.

“Aquelas subvenções suplementares da forma que eram não devem existir mais”, disse Carneiro. Com as repactuações de contratos, o vereador ressaltou que a instituição não terá nenhum privilégio em relação a outros equipamentos, mas vai receber aportes de acordo com sua produção, ou seja, os valores podem tanto subir quanto cair.

Fontes ouvidas pela reportagem ressaltaram que a Prefeitura avalia centralizar os atendimentos do SUS para o Hospital Municipal de Urgências (HMU), no Bom Clima, administrado pelo Instituto Gerir, o que reduziria o repasse para outras entidades.

O Stella Maris é uma entidade de direito civil e canônico, de forma que o CNPJ da instituição está também ligado à Diocese e ao Vaticano. Apesar de atender pacientes particulares e de convênios, 80% dos atendimentos são via SUS, cujos valores não estão atualizados há 17 anos. A instituição é referência na área de Cardiologia e também realiza mais de 20 mil procedimentos de hemodiálise por ano.

Ainda assim, o Stella Maris tem uma dívida de R$ 80 milhões. Segundo o diretor financeiro, Frederico Coltro, o déficit mensal é de R$ 1,6 milhão na operação atual. Em uma repactuação, com maior oferta de serviços, são necessários mais R$ 2,5 milhões mensais. No portal de transparência da Prefeitura consta repasse de R$ 32 milhões para este ano, dos quais R$ 7,1 milhões foram pagos.

Para a irmã Vitoria de Nazareth, presidente do hospital, seria inviável centralizar o SUS no HMU, pois a entidade filantrópica tem prioridade. “Se o governo já dispõe do Stella Maris, que atende o SUS há 50 anos na cidade, como ele explicaria para o governo federal – deixando uma entidade filantrópica, deixando os leitos que tem direito pela nossa filantropia, aberta e atendendo – e justificaria outra construção?”, questionou.

 

Filantrópico – Hospital atende 80% de seus pacientes pelo SUS (Foto: Lucas Dantas)


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