Levy sai do mutismo e rebate de forma dura os críticos de plantão
24/11/2015
8:53 AM
/
Editorial
/
Atualizado em 24/11/2015 8:53 am
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, parece ter se cansado das estocadas que está recebendo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ontem resolveu partir para o contra-ataque. E o fez de forma a não deixar dúvidas: subiu o tom e foi bastante agressivo em suas colocações.
Ele afirmou que o Brasil tem todas as condições para crescer, apesar dos que pensam o contrário, mas que precisa fazer o “dever de casa”. Levy reafirmou a importância das avaliações de agências de classificação de risco, como a da Standard & Poor’s, que considerou ter uma visão crítica e imparcial, o que propicia um bom momento para reflexão.
“A gente tem que fazer o dever de casa. O Brasil tem tudo para dar certo, para crescer, mas tem que fazer alguma coisa para isso. Com todo país é assim, com o Brasil não seria diferente”, afirmou Levy durante o seminário ‘Reavaliação do Risco Brasil’, promovido pelo Centro de Economia Mundial da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O ministro lembrou que empresas brasileiras de setores relacionados às commodities estão passando por ajustes, em algumas mais fortes do que em outras, devido aos preços. Levy afirmou que as mudanças têm impactos importantes e citou os setores de minério e petróleo.
Segundo o ministro, resta pouca dúvida de que há muito a fazer no (e pelo) País na área de petróleo. Segundo Levy, a Petrobrás ganha espaço para respirar, para tomar suas próprias decisões. “Tenho confiança que ela vai conseguir superar a fase atual e continuar fazendo coisas que são essenciais ao Brasil”, declarou.
O ministro reconheceu que o mercado de capitais este ano se mostrou um pouco refratário, em razão das incertezas na economia, e se fechou a partir de setembro, diminuindo possibilidades. Levy foi duro e deixou, mais do que claro, que o seu recado está dado. Para quem quiser ouvir.