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Lista de Janot provoca dias de muita tensão em Brasília


16/03/2017
9:14 AM
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Editorial
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Atualizado em 16/03/2017 9:15 am

Brasília está vivendo (e vai continuar assim por muito tempo) dias de tensão. A lista do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, enviada ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Eduardo Facchin, balançou alicerces de construções que, até então, pareciam seguras.

São denunciados cerca de 170 nomes, entre políticos e ex-políticos, além de agregados que usam todas as letras do alfabeto. São nomes de peso do espectro político nacional que foram “contemplados”.

Tão logo ficou se sabendo da relação, os primeiros nomes começaram a vazar. Para a primeira instância da Justiça, os pedidos de inquérito são para os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Dilma Rousseff (PT) e para os ex-ministros Antonio Palocci (PT) e Guido Mantega (PT).

Já os que têm foro privilegiado e devem ser julgados (se for o caso) pelo STF figuram nomes como o do senador tucano e presidenciável, Aécio Neves. Mas não para somente nisso: Aloysio Nunes (PSDB-SP), ministro de Relações Exteriores, Eliseu Padilha (PMDB-RS), ministro da Casa Civil, Moreira Franco (PMDB-RJ), ministro da Secretaria-Geral da Presidência e Gilberto Kassab (PSD-SP), ministro de Ciência e Tecnologia, além do senador peemedebista por Alagoas, Renan Calheiros.

É um escândalo sem precedentes na História republicana brasileira. E caso todos se tornem réus, o leque de presidenciáveis se estreita muito. Sobram, de peso, os nomes do governador paulista Geraldo Alckmin e da sempre presente Marina Silva, da Rede.

Muito pouco para um País que sonhou com novas lideranças e as vê se esfarelarem no pior dos mundos: o da corrupção. O STF precisa agir rápido para não deixar muitos crimes prescreverem, mas, antes de mais nada, para consolidar as frágeis instituições democráticas brasileiras. O País precisa disso, urgentemente. De preferência para ontem.


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