Reino Unido vive um drama e quer, agora, consertar o erro cometido
28/06/2016
10:20 AM
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Editorial
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Atualizado em 28/06/2016 10:20 am
A velha e sólida Europa vive um drama sem precedentes. Lutando contra o crescente problema da imigração, em queda livre nos seus indicadores econômicos, com o desemprego em alta e, principalmente, sem uma unidade política que a moeda unificada (o euro), até então representava, ela pode entrar em frangalhos após a decisão do Reino Unido (por plebiscito) de sair da Comunidade Europeia.
A decisão dos britânicos de deixar a União Europeia (UE) pode ser o começo da desintegração do bloco de países ou do Reino Unido. Isso, por si só, já seria um desastre, pois enfraqueceria demais a situação da Inglaterra como país, apesar da força de sua libra esterlina. Escócia e Irlanda já deram claros sinais de que não aceitarão o resultado do plebiscito, fortemente influenciado pela decisão dos ingleses.
No último sábado, o investidor bilionário George Soros disse que o voto da Grã-Bretanha para deixar a União Europeia torna a “desintegração da UE praticamente irreversível”, e que os efeitos do referendo de quinta-feira, dia 23, provavelmente vão prejudicar o Reino Unido.
“A Grã-Bretanha pode ou não ser relativamente melhor do que outros países por sair da UE, mas a sua economia e as pessoas vão sofrer significativamente no curto e médio prazo”, escreveu em comentário no site Project Syndicate.
Já existe até mesmo um forte movimento dentro da própria Inglaterra para que o referendo popular seja anulado e outro venha em seu lugar. Alegação, por mais bizarra que possa parecer: muitas pessoas foram induzidas ao erro por um forte sentimento nacionalista, mas se arrependeram.
Não se tratasse do histórico Reino Unido, e da não menos histórica Inglaterra, poderíamos ver claras semelhanças com um País muito conhecido por nós. O Brasil parece estar estendendo cursos de doutorado em política mundo afora. Só isso para explicar tamanha insanidade.