Blog do Mundo Kino – Parceria de futuro
20/03/2015
1:10 PM
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Luís Pires
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Atualizado em 20/03/2015 1:10 pm
Depois de arrecadar mais de US$ 621 milhões em bilheterias nos cinemas do mundo todo (mais de três milhões de espectadores no Brasil), “Operação Big Hero” acaba de chegar às locadoras. Além de se tornar a animação de maior arrecadação mundial lançada em 2014 (até então a campeã era “Como Treinar Seu Dragão 2”, com US$ 618 milhões), o longa da Disney traz na bagagem o prêmio de melhor animação, vencido na última edição do Oscar.
A trama se passa em um futuro não definido, em San Frantokyo, cidade que mistura elementos da americana San Francisco (as ladeiras e a Golden Gate, por exemplo) com outros de Tóquio, como as luzes exageradas dos prédios, o colorido das roupas e os monstros que fazem parte da cultura japonesa. Nesse ambiente vive o garoto Hiro Hamada, um nerd que constrói robôs para participar de rinhas clandestinas. Sua atitude, porém, é recriminada pelo seu irmão mais velho, Tadashi, que tenta convencê-lo a usar sua genialidade para coisas mais úteis.
Um trágico acidente com Tadashi, porém, fará com que Hiro se debruce sobre um projeto inacabado do irmão: o carismático Baymax, um robô gordinho (parecido com o famoso boneco da Michelin), programado para ser um agente de saúde, capaz de escanear uma pessoa para detectar seus males do corpo e da alma. Hamada, porém, o encaixa em uma armadura resistente, capaz de voar, e tenta transformá-lo em uma arma no combate a um misterioso vilão mascarado, que assombra a cidade em busca de vingança. Nessa batalha, Hiro ganhará o reforço de quatro outros nerds – Go Go Tomago, Wasabi, Honey Lemon e Fred – que desenvolveram superpoderes com a ajuda da ciência.
A animação é a primeira dos Estúdios Disney inspirada em uma história de quadrinhos da Marvel, o que só se tornou possível depois que a Disney adquiriu (por alguns bilhões de dólares) os direitos sobre a obra da maior dos quadrinhos. Stan Lee, criador da história, não só aprovou a adaptação como ele próprio foi transformado em personagem desenhado, em uma breve, mas curiosa participação.
“Operação Big Hero” reúne elementos que caracterizam uma boa animação: a luta maniqueísta entre o bem e o mal, valores familiares e de amizade, personagens cativantes (como o robô Baymax), cenas de ação e com pitadas de humor. Fórmula que vem dando certo há décadas.
Uma última curiosidade: assim como a Pixar, a Disney adotou a apresentação de um curta-metragem no início do filme. “O Banquete”, de Patrick Osborne, mostra a história de um cãozinho guloso que transforma a vida de seu dono. Um curta tocante e engraçado, que também levou seu Oscar para casa.
Luís Pires
mundokino.wordpress.com