35 pessoas foram assassinadas em dois meses
13/03/2017
9:27 AM
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Mari Cavalcante
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Atualizado em 14/03/2017 9:59 am
Cinco regiões de Guarulhos concentram 35 mortes ocorridas nos primeiros 69 dias do ano. Considerando esses dados, é como se uma pessoa fosse assassinada a cada dois dias. Os números foram disponibilizados com exclusividade pelo 15º Batalhão da Polícia Militar, responsável pelas áreas onde os homicídios foram registrados.
As mortes computadas no período (janeiro, fevereiro e os dez primeiros dias de março) já são superiores aos três primeiros meses do ano passado, quando as nove delegacias da cidade registraram ao todo 34 ocorrências, de acordo com as estatísticas da Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP).
Cada uma das cinco regiões é patrulhada por uma Companhia da PM. São elas: 1º Cia (Centro, Cidade Maia e parte do Gopoúva), 2º Cia (Jardim Vila Galvão, Vila Galvão, Torres Tibagy, Picanço, Jardim Paulista, Vila Rio e Cabuçu), 3º Cia (Cabuçu, Cabuçu de Cima, Invernada, Morros, Taboão, Bela Vista e parte do Cocaia), 4º (Bom Clima, Vila Fátima, Vila Barros, Jardim Monte Carmelo) e 5º Batalhão (Ponte Grande, Munhoz, Itapegica, Vila Augusta, Tranquillidade).
Do total das 35 mortes, nove foram de “pacotinhos” (corpos encontrados amarrados nos pés e na cabeça com sinais de espancamento). Na sexta-feira, 10, um homem foi achado com essas mesmas características no Taboão.
Mortes – Números foram disponibilizados com exclusividade à Folha pelo 15º Batalhão da Polícia Militar (Foto: Beto Martins)
Ações preventivas podem inibir a criminalidade
O tenente coronel do 15º Batalhão, Vanderlei Ramos, informou que a maioria das mortes foram motivadas por envolvimento em tráfico de drogas, brigas e dívidas de usuários de entorpecentes, com requintes de crueldade. “Os corpos mostravam sinais de asfixia e de espancamento por uso de objetos como madeira e barras de ferro”, afirmou Ramos. Segundo o tenente coronel, o aumento do número de mortes está sendo investigado e ações preventivas estão sendo realizadas nas cinco regiões, bem como uma operação que já está em andamento e tem reforçado o policiamento. “O patrulhamento é uma forma de inibirmos os bandidos”, explicou Ramos.