Segundo o programa Mundial de Alimentos (PMA), uma em cada cindo crianças haitianas sofre desnutrição crônica (Foto: Alexandre de Paulo)
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No fim de dezembro, a Otan anunciou oficialmente o fim da missão militar no Afeganistão, iniciada como uma resposta aos atentados às torres gêmeas de Nova Iorque, em 2001. Uma cerimônia meio envergonhada colocou fim à saga de 13 anos, 3,5 mil soldados mortos e um resultado duvidoso, já que insurgências do Taleban continuam agindo.
Em que pese os conflitos no Oriente Médio terem realidade totalmente diversa, a Organização das Nações Unidas (ONU) vive dilema parecido com sua Missão para a Estabilização do Haiti, a Minustah. Liderada militarmente pelo Brasil, ela completou dez anos em 2014. O braço militar da missão suprimiu a guerra civil há tempos, mas estabilidade política e social que garanta um Haiti caminhando com as próprias pernas ainda é uma realidade distante. “A ONU trabalha com prioridade e orçamento. Nós não podemos ficar no Haiti para sempre”, disse, com sensatez, o force commander da Minustah, general brasileiro José Luiz Jaborandy Jr.
Entre 30/11 e 6/12, os jornalistas Paulo Manso e Alexandre de Paulo, da Folha Metropolitana, passaram uma semana no país caribenho. Buscaram resposta para a pergunta que abre esse texto e perceberam logo que o dilema vivido pela ONU faz todo sentido. Viram de perto a miséria, a violência e o sofrimento pelos quais passam o povo haitiano, que não tem saneamento básico, energia elétrica, água potável e nem o que comer.
Os índices econômicos pífios, aliados à instabilidade social que marcou praticamente toda a história republicana do país e às tragédias naturais, contrapõem a inexplicável esperança no olhar e o fácil sorriso de seu povo.
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