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HGG deixa idosa esperando para fazer cirurgia de fêmur


31/05/2017
4:10 PM
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Da Redação
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Atualizado em 31/05/2017 4:10 pm

A situação de Delci Claro, de 76 anos, representa claramente a forma como o poder público cuida dos idosos neste País. Internada no Hospital Geral de Guarulhos (HGG), depois de sofrer uma queda de uma escada em sua residência, na Vila Galvão, ela aguarda há mais de uma semana por uma cirurgia no fêmur e no úmero do lado direito.

O descaso frente à dor alheia foi percebido pelos familiares desde o momento em que a paciente passou pela portaria do hospital da rede estadual que, desde 2014, é administrado pela SPDM. A paciente deu entrada na segunda-feira, 22. No entanto, não havia leito disponível e a idosa teve – ainda que reclamasse insistentemente das fortes dores que a atormentavam – de passar um dia inteiro esperando no corredor. Só no dia seguinte foi encaminhada para a sala de observação. Ali o sofrimento e a espera da paciente persistiram, assim como a inação do corpo médico do hospital.

Só na sexta-feira, quatro dias depois de dar entrada, é que a idosa foi levada para a enfermaria. Mas a angústia da paciente e dos familiares não se enceraram aqui, uma vez que foi dado o prazo de duas semanas para que a cirurgia fosse realizada. “Eles falaram que a previsão, caso o hospital consiga atender, é de duas semanas. Afirmaram ainda que é preciso ter paciência e esperar”, disse Priscila Corrêa, sobrinha de dona Delci. Segundo ela, o único “tratamento” oferecido à sua tia até o momento foi uma tipoia, utilizada no braço direito. Há falta inclusive de produtos de higiene pessoal, que o hospital diz ser de responsabilidade do paciente. “Os enfermeiros apenas ajudam quando ela reclama de dores. Para as outras tarefas, eu mesmo acabo cuidando sozinha da minha tia”, resignou-se Priscila.

 

Reclamações – O HGG é apresentado como referência para a população dos dez municípios que formam a Região do Alto Tietê, que tem cerca de 1,5 milhão de habitantes. Este hospital conta com seis salas de cirurgia e 300 leitos, divididos entre enfermaria, maternidade, UTI adulto, pediatria e neonatal. No entanto, há muito tempo vem sendo alvo de reclamações da população. Infelizmente, a situação da dona Delci não se trata de um caso isolado. Nas redes sociais, não são poucos os usuários e parentes que reclamam do serviço prestado naquele que é uma das principais unidades hospitalares da cidade. Daniela Martins da Silva, por exemplo, esbraveja que sua avó ficou ali por 21 dias à espera de uma cirurgia de fêmur. Menos sorte teve a avó de Cristiane Maria Batista Alito, que, pelo mesmo motivo, esperou por um mês inteiro.


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