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Lula não descansa e ainda sonha em voltar ao Palácio do Planalto


22/03/2017
9:56 AM
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Editorial
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Atualizado em 22/03/2017 9:56 am

É muito difícil saber até que lugar pode chegar a ambição de um ser humano. Se nem mesmo os grandes pais da psicanálise conseguiram explicar tamanho apego ao poder, não seria um mero editorial que teria pretensões para tal. Mas uma coisa é fácil de responder: as ambições do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não têm limite.

Ele já se tornou réu em processo da Lava Jato, pode ser preso a qualquer momento (isso somente não aconteceu pelo seu peso político que poderia gerar uma convulsão social), mas não desiste da megalomania de voltar a ser presidente da República. Mesmo sabendo que seu grau de popularidade (apesar de grande) está muito distante dos tempos de glória.

Nem mesmo depois da morte da mulher Marisa, quando até mesmo os companheiros mais chegados apostavam em uma aposentadoria, Lula descansa.

O ex-presidente escolheu um lugar carregado de simbolismo para lançar de vez sua pré-candidatura à Presidência em 2018. O petista reuniu uma multidão no sertão da Paraíba em uma espécie de comício para fazer uma “inauguração popular” de um trecho da transposição das águas do Rio São Francisco, obra iniciada em 2007 em sua gestão e inaugurada oficialmente por Michel Temer dias atrás.

No palanque, ao lado da presidente cassada, Dilma Rousseff, disse que há interessados em impedir que ele se candidate, numa referência velada às ações que responde na Justiça, incluindo as da Operação Lava Jato.

Falou com a maior desfaçatez, como se nenhuma responsabilidade tivesse pela grave crise econômica e social que atingiu o País. É um caso típico de comportamento para ser analisado por quem entende dos problemas da mente e da alma. Mas uma coisa é certa: Lula nem mesmo sabe se terá condições legais para a disputa? Somente o tempo, senhor da razão como diria Collor, responderá.


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