Connect with us

Destaque Opinião

Opinião

Destaque Opinião



notíciasDestaque Opinião


Sobram intrigas e falta consenso entre os três poderes da República


16/06/2017
9:22 AM
/
Editorial
/
Atualizado em 16/06/2017 9:22 am

Os três poderes da República bem que poderiam firmar um pacto pelo bem do Brasil, parar com essa história de cada um defender o seu e trabalhar em prol desta nação e de seu povo. Mas o que se tem visto de alguns anos para cá é um jogo de intrigas, um confronto marcado por golpes baixos e uma luta sanguinária por mais poder. Sim, para quem acha que todos os problemas e soluções do País se resumem à figura do presidente, vale lembrar o artigo 2º da Constituição Federal de 1988, que diz: “São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.”

Salvo nos períodos de autoritarismo, esse é o modelo que vigora no País desde 1889, quando um golpe militar pôs fim aos 67 anos da monarquia brasileira e instaurou a República. O conceito foi sistematizado pelo filósofo e político francês Charles-Louis de Secondat, ou simplesmente Montesquieu, na clássica obra Do Espírito das Leis, e vem exercendo grande influência desde então. Assim, nas repúblicas democráticas modernas, como é a brasileira, a fórmula evita que o poder fique concentrado nas mãos de uma única pessoa, impedindo os abusos típicos dos governos autoritários.

Desta forma, para o bem ou para o mal, a culpa nunca é de um só indivíduo ou de um único poder. Fato é que problemas podem ser criados por apenas um deles, mas soluções só surgem quanto todos remam para o mesmo lado. Talvez seja isso que tem faltado no País. A população vem assistindo a um embate frequente entre estas forças, ora opondo Executivo ao Judiciário, ora Legislativo ao Executivo ou Judiciário ao Legislativo. Evidentemente que, divergências são salutares em um regime democrático, mas é preciso fazer que disso surja o consenso. Portanto, pelo bem do povo brasileiro, passou da hora de Michel Temer (chefe do Executivo), Carmen Lúcia (chefe do Judiciário), Eunício Oliveira (presidente do Senado) e Rodrigo Maia (presidente da Câmara) reunirem as forças que ainda lhes restam, buscarem o entendimento necessário e decidirem para que lado o Brasil deve remar. A única coisa que não podem fazer é deixar o País à deriva, como aparentemente tem estado.


Continue Reading
To Top