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Maternidade deixa família sem respostas sobre óbito


12/05/2016
10:23 AM
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Raphael Pozzi
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Atualizado em 13/05/2016 10:42 am

A Maternidade Jesus, José e Maria deixou a família da paciente Mônica Cristina da Silva, falecida em 27 de abril na instituição, sem respostas sobre a causa da morte. Mônica teve parto cesariana às 7h e foi a óbito às 23h. Até quarta-feira, 11, o hospital não declarou o que causou a morte da mulher.

De acordo com o marido e pai do bebê, Carlos José Vieira Rolim, Mônica estava bem quando ele a visitou no período da tarde, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da maternidade. “Tinha mais uma visita, às 20h, mas como eram só 30 minutos, ela disse que eu não precisava vir”, explicou.

Em 28 de abril, quando os familiares foram visitar a paciente, eles foram informados que Mônica havia falecido. O marido foi orientado a realizar um Boletim de Ocorrência (BO) com a Guia de Encaminhamento de Cadáver, assinada pelo médico José Andres Rueda de Souza Cruz. No documento, porém, constava que Mônica tinha diabetes e que houve necessidade de transfusão de sangue após o parto.

Segundo a irmã da paciente, Alexandra Kelly da Silva, a transfusão ocorreu antes do parto e Mônica não tinha diabetes. “Eles fingem que não sabem de nada, estão nos fazendo de palhaços”, disse. “A única coisa que eu quero é esclarecer: por que minha irmã morreu?”, desabafou.

Saúde – Maternidade Jesus, José e Maria fica no Parque Renato Maia (Foto: Beto Martins)

Médico atendeu familiares somente terça-feira, 10, mas não esclareceu dúvidas

Na terç-feira, 10, Rolim e Alexandra estiveram na instituição e foram atendidos pelo médico que assinou a guia. De acordo com Cruz, é impossível saber a causa da morte antes que seja realizado um serviço de verificação de óbito. Segundo ele, a diabete de Mônica estava alta após o parto e a gravidez era de risco, pois ela sofria de anemia falciforme, um distúrbio hereditário em que as células vermelhas do sangue assumem o formato de foice. As células morrem prematuramente, causando uma falta de glóbulos vermelhos saudáveis, a anemia, e podem obstruir o fluxo sanguíneo, causando dor.

No documento consta que a provável causa do óbito foi “insuficiência respiratória aguda, insuficiência hepática A/E, crise falêmica, anemia falciforme, miocardiopatia puerperal”.


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