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Pontos de ônibus estão sem condições na cidade


01/09/2017
10:22 AM
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Raphael Pozzi
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Atualizado em 04/09/2017 10:13 am

Quem precisa pegar ônibus em Guarulhos, além de conviver com a superlotação do transporte público, tem motivos de sobra para ficar ainda mais estressado. Os mais de 2,4 mil pontos de ônibus do município são, em sua maioria, malcuidados, têm muitos problemas estruturais e não ajudam em nada no cotidiano dos guarulhenses.

A Folha Metropolitana visitou vários pontos, em diversas regiões da cidade, e viu que, mesmo que a distância seja muito grande entre eles, os problemas são praticamente os mesmos.

O primeiro foi o da Avenida Silvio Barbosa da Silveira, esquina com a José Antônio Cabral, no Jardim Rosa de França (Região Vila Galvão). Além de estar em uma curva, o que dificulta a identificação dos ônibus, não há cobertura, assentos e iluminação adequados. Um idoso aguardava o transporte apoiado em uma placa, por não existirem assentos no local.

Mais de 15 quilômetros adiante, o ponto da Rua Ilha Bela, na calçada de número 25, nos Pimentas, tem uma grande quantidade de terra ocupando o espaço. Também não há cobertura e assentos. Na Avenida Paschoal Thomeu, no Bonsucesso, altura do número 200, os usuários têm de esperar no meio de uma obra, com areia e terra no meio do nada.

Os 996 pontos com cobertura também estão ruins. Na Rua São José do Paraíso, em frente ao Hospital Pimentas-Bonsucesso, a estrutura está torta e muito enferrujada. “Realmente, os pontos estão muito abandonados”, disse a dona de casa Tatiane Piedade dos Reis.

Abandonado – Parada de coletivos fica em calçada tomada por mato na Pedro de Souza Lopes (Foto: Lucas Dantas)

Areia – Ponto é em calçada totalmente inadequada na Paschoal Thomeu (Foto: Lucas Dantas)

Motoristas também reclamam

Até os motoristas de ônibus reclamam da situação. No Residencial Bambi, o ponto em que passa o transporte para a Armênia (em São Paulo), Rua Brinco de Princesa, em frente ao número 738, está totalmente abandonado. “Não há abrigo para a chuva e a calçada está totalmente sem condições”, disse um condutor, que pediu para não ser identificado.

No local, existe uma placa da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (Emtu). Procurada, a companhia disse que vai verificar, mas que a melhoria na calçada é de responsabilidade do proprietário do imóvel.

Em frente ao Hospital Pimentas-Bonsucesso, estrutura está para cair (Foto: Lucas Dantas)

Nos Pimentas, ponto está cheio de terra (Foto: Lucas Dantas)

Água diretamente nos bancos

O ponto da Avenida Nova América, altura do número 268, na Vila Rio de Janeiro (Região Vila Galvão) foi instalado no local há quase um ano. A reclamação de quem utilizava os ônibus era a de que ocorriam muitos assaltos no ponto antigo, que ficava mais à frente.

Aparentemente, no entanto, nenhum estudo foi realizado para instalar o equipamento na calçada. O ponto fica em baixo de uma calha e, quando chove, a água escorre pelos bancos. “É muito ruim pegar ônibus aqui”, disse o ajudante geral Arnaldo Neris de Souza.

Sem fiscalização, pontos “modernos”, como o em frente ao Shopping Maia, sofrem com pichações e vandalismo (Foto: Lucas Dantas)

Sem fiscalização, pontos “modernos”, como o em frente ao Shopping Maia, sofrem com pichações e vandalismo (Foto: Lucas Dantas)

STT pretende substituir e modernizar

Segundo a Secretaria de Transportes e Trânsito (STT), os antigos abrigos serão substituídos por estruturas mais modernas. Em nota, a Pasta disse que “para tal, há necessidade de dimensões mínimas de calçada para instalação de tais mobiliários”. Uma das propostas é a aplicação da Lei 7.538/17, que institui o programa Adote um Ponto. As empresas poderiam fazer propaganda nas paradas, manter o local com condições e ter isenção na taxa de publicidade. Sobre os pontos citados na reportagem, a STT disse que realizará vistoria.

Cansativo – Sem bancos e cobertura, senhor tem que se apoiar na placa enquanto aguarda o transporte (Foto: Lucas Dantas)

Confira os problemas encontrados

  • Avenida Silvio Barbosa da Silveira, na esquina com a José Antônio Cabral, no Jardim Rosa de França. O ponto fica em uma curva, não dando a chance dos usuários verificarem qual ônibus está vindo. Além disso, não há cobertura e nem assentos;
  • Rua Ilha Bela, 25, nos Pimentas. Placa suja e pichada, além disso, um grande volume de terra ocupa boa parte da calçada. Este também não tem cobertura e nem assentos;
  • Rua São José do Paraíso, nos Pimentas, em frente ao Hospital Pimentas-Bonsucesso, o ponto, apesar de ter cobertura e assentos, está torto e enferrujado;
  • Na Avenida Paschoal Thomeu, ponto com mato, areia, longe da via. No meio do nada. Altura do número 200. Existe uma obra que levanta poeira enquanto os usuários ficam no local;
  • Rua Brinco de Princesa, 738, calçada suja e abandonada e ponto sem cobertura;
  • Avenida Nova América, altura do número 268, na Vila Rio de Janeiro (Região Vila Galvão), fica em baixo de uma calha e, quando chove, a água escorre pelos bancos.


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