Se o objetivo era ganhar com autoridade para apagar a derrota para o Corinthians, o plano esteve a um fio do fracasso. Não fosse o gol de pênalti, o resultado só não seria mais negativo do que a atuação. Além de jogar mal, a equipe se expôs às falhas e ao desgaste na relação com os são-paulinos.
O clube precisa fazer as pazes com a bola e com a torcida. O futebol do time não tem empolgado e quinta-feira, 12, não convenceu o torcedor a ir ao Morumbi. Vazio e silencioso, o estádio viveu uma atmosfera diferente. Das arquibancadas era possível ouvir os gritos dos jogadores, o barulho dos chutes na bola e o apito do árbitro. Apesar disso, o placar eletrônico não divulgou o público.
Do lado de fora, até mesmo poucos flanelinhas se deram ao trabalho de oferecer para guardar o carro dos são-paulinos e parte da torcida voltou a protestar contra o preço dos ingressos Os bilhetes custavam a partir de R$ 40 e em faixas colocadas estava no portão do Morumbi foi retratada a insatisfação: “Ingresso caro é igual a Morumbi vazio”.
Time e torcida precisam de entrosamento e cooperação para transformar o estádio em caldeirão e intimidar o adversário. Mas com os assentos vazios, um jogo fica morno, com cara de treino. O gol de Ceni salvou o desastre.
Deu azar – Atacante Centurión cabeceou na trave e depois só se lamentou (Foto: Leonardo Benassatto / Futura Press / AE)