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A violência evitável que vivemos, despercebida pela nossa rotina


25/05/2017
1:04 PM
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Editorial
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Atualizado em 25/05/2017 1:04 pm

Um ato terrorista só é justificável aos partidários da ação, iludidos por uma ideologia considerada geralmente como o único caminho para a realização de algo grandioso e necessário, tendo por trás um grupo que se crê o detentor da verdade.  Diferentemente de uma guerra, um atentado terrorista – como o próprio nome deixa claro – é feito para manter a população de um local em clima de insegurança e dúvida. Na história atual, as ações violentas praticadas por minorias radicais miram países ocidentais que apoiam os Estados Unidos, o grande “demônio” do capitalismo.

No último dia 22, um incidente terrorista ceifou a vida de pelo menos 22 pessoas, além de ferir 59 durante show da artista Ariana Grande, na Manchester Arena, na Inglaterra. Em março deste ano, cinco pessoas morreram no mesmo país – incluindo o terrorista – após o radical atropelar aleatoriamente pessoas na ponte de Westminster. Em 2005, 52 pessoas morreram após um atentado contra o transporte público de Londres.

O que choca nos casos supracitados é a agressividade e motivação dos atos em si – que acarretam morte indistintamente de pessoas comuns, do filho ao pai,  da criança ao idoso, do nacional ao estrangeiro.

O ser humano, criatura sensível que é, se acostuma a presenciar diversas facetas da realidade – sejam boas ou ruins. Por isso o que é “diferente” acaba marcando as pessoas que, em alguns casos, se habituam a situações violentas sem perceber.

Um relatório do Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito indica que, somente em abril deste ano, 87 pessoas morreram por causa de acidentes de trânsito em São Paulo. Em apenas um mês foram ceifadas oito vidas a mais do que nos três atentados ocorridos no Reino Unido. Comparar as motivações de terroristas e motoristas seria uma falácia. No entanto, impedir um atentado terrorista é uma tarefa das mais difíceis. Já evitar a carnificina no trânsito brasileiro só depende, na maioria das vezes, de cada um dos seus motoristas.


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