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Atacama, boa opção com dólar em alta


31/05/2016
7:04 AM
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Maurício Nunes
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Atualizado em 01/06/2016 11:22 am

Em tempos de dólar nas alturas, melhor trocar Disney e Europa pelo quase vizinho Chile e seu esplendoroso Atacama, o deserto mais alto e mais seco do mundo, com suas paisagens deslumbrantes entre vulcões, montanhas cobertas de neve, dunas, penhascos, lagoas de sal, gêisers e muitas surpresas, um verdadeiro presente aos seus olhos e à sua alma.

Para chegar ao deserto você vai à Calama (há voos de Santiago) e de lá até San Pedro do Atacama, uma cidade rústica, acolhedora e apaixonante. O universo do Atacama é gigante, portanto a dica é fechar passeios com agências locais e não se aventurar sozinho, pois além de perigoso, você perderá tempo. A melhor agência da região é a Ayllu, pois possui os melhores veículos, roteiros e guias cultos, o que torna o passeio uma aula.

Para começar a aventura e se adaptar ao clima do deserto e suas elevadas altitudes, o ideal é explorar primeiro o Vale de La Luna, há 2000 metro de altitude e origem vulcânica, seu terreno lembra o solo lunar, por isto a nomenclatura. Com grutas e formações rochosas que parecem esculpidas a mão, suas trilhas são usadas para testes da Nasa. Próximo está o Vale de La Muerte, onde pode-se observar o  pôr do sol com ampla vista para o vulcão Licancabur e toda cordilheira.

A noite, por ser um dos locais menos iluminados do mundo, você verá mais estrelas do que possa contar. O Atacama hospeda o importante observatório internacional Alma A noite segue  com histó-rias dos atacameños, música e  vinho para no dia seguinte curar a ressaca nas Termas de Puritama, onde há 3.500 metros de altitude encontram-se piscinas naturais que brotam de um lençol freático a 33 graus.

Depois de relaxar entre rochas vulcânicas e cachoeiras, há outro pôr do sol inesquecível, desta vez no Salar de Atacama, onde caminhando sobre crostas de sal, se observa um lago repleto de flamingos cor de rosa, lhe provando o quando a natureza é perfeita e o silêncio do deserto, uma melodia apaixonante.

Impressionante – Colorido da vegetação, com a neve nas montanhas, é algo que encanta o turista; diversidade biológica é uma das mais ricas do Continente Sul-Americano (Foto: Maurício Nunes)

Visita a Geysers é obrigatória

Na madrugada seguinte vale visitar Geysers El Tatio. Como se não bastasse um caminho repleto de paisagens e ainda atingirmos 4.300 metros de altitude, a experiência de ficar frente a frente com gêisers jorrando água e vapor a 85°C num balé de fumaça de enxofre cortando o horizonte é de arrepiar. Ver o sol nascer no campo geotérmico por entre montanhas cobertas de neve e vicunhas pastando, lhe coloca de mãos dadas com o divino.  Divide um rico café da manhã com os amigos e agradecer por estar ali, lhe faz um privilegiado. Para refrescar, à tarde, têm as paradisíacas Lagunas Escondidas, onde a concentração de sal é tão grande que torna­se impossível afundar.  Você boia sem fazer força numa piscina natural de um azul indescritível. Há a Laguna Cerrar onde há mais sal do que no Mar Morto. É se deixar boiar e apreciar o azul celeste e as cordilheiras ao redor. O ponto mais alto do deserto e mais deslumbrante é o Salar de Tara, que de tão belo e magnânimo faz você  sentir­se um grão de areia. É quase impossível chegar ao local que atravessa desertos quilométricos, gigantescas dunas e formações rochosas em formatos de monges, índios, pássaros, pondo em xeque a sua imaginação.

Deslumbrante – Visitantes se encantam com variedade da natureza (Foto: Maurício Nunes)

Paraíso a 5 mil metros de altura

Já quase 5.000 metros de altitude acima do nível do mar a natureza nos revela um paraíso onde Deus, como dizem, gosta de passar suas férias. A paleta de cores utilizada na paisagem é quase que infinita e o desenho algo de causar ciúmes ao mais nobre dos pintores. E ainda não é tudo, pois há vulcões, oásis, um caminho Inca, o Trópico de Capricórnio, as Lagunas Altiplâncias e  Pedras Rojas. Como disse o chileno Neruda, “Vamos buscando a emoção que não podemos encontrar neste tédio sempre igual que nos envolve o coração”, portanto desfrute o Atacama como um bom vinho, sem moderação.

Foto: Maurício Nunes

Foto: Maurício Nunes

Foto: Maurício Nunes


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