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Ativistas atestam pessimismo no Dia Mundial da Justiça Social


20/02/2015
2:04 PM
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Alfredo Henrique
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Atualizado em 20/02/2015 2:04 pm

Há exatos seis anos a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) instituiu o dia 20 de fevereiro como o Dia Mundial da Justiça Social. Com isso, ficou oficialmente reconhecida a necessidade de se promover políticas públicas para o enfrentamento da pobreza, exclusão e desemprego em todo o planeta.

A Folha Metropolitana entrevistou dois ativistas e uma socióloga para que refletissem sobre a data. Todos fizeram declarações pessimistas sobre a atual realidade vivida em nosso país e indicaram possíveis caminhos para tentar minimizar os problemas.

Para o padre Júlio Lancelotti, conhecido defensor de moradores de rua em São Paulo, o Dia da Justiça Social “não existe” entre nós. “Ele é o dia de uma utopia que buscamos há muito tempo. Basta ver as pessoas nas ruas de São Paulo, buscando moradia”. Ele afirmou que o caminho para mudar esta realidade é insistir contra as injustiças. “Precisamos remar contra a corrente.”

O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, Guilherme Boulos, afirmou que o principal problema para a moradia em São Paulo é a especulação imobiliária. “Precisamos de uma nova política nacional de obtenção de terra, para que ela não fique na mão dos especuladores”, criticou.

A professora da Fundação Escola de Política e Sociologia de São Paulo (Fespsp), a socióloga Marta Bergamin, disse que as questões de gênero e racismo precisam ser pensadas. Como exemplo ela usa a dupla jornada das mulheres que trabalham e o racismo institucionalizado praticado pela PM. “A mulher que trabalha ainda cuida de casa; essa mentalidade precisa mudar. A PM também foca suas ações em jovens negros”, apontou.

Segundo estudo da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), divulgado em abril do ano passado, 61% das vítimas da PM no estado são negras.



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