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Escândalo da Fifa reflete no caos do futebol brasileiro recente


07/12/2015
8:50 AM
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Editorial
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Atualizado em 07/12/2015 8:50 am

A derrota por 7 a 1 para a Alemanha, na semifinal da Copa do Mundo, no Mineirão, em 2014, não saiu da lembrança dos brasileiros. E jamais sairá. A maior vergonha do futebol nacional. Contudo, ela não aconteceu por acaso. O resultado remonta à forma como é conduzido o principal esporte nacional que, da mesma forma, reflete o que acontece na sua instituição máxima, a Fifa.

Pelas notícias que foram divulgadas nos últimos meses, parece que o famoso “padrão Fifa”, que era vendido como excelência de qualidade, se tornou um “padrão corrupção”. Prisão de dirigentes, acusações por corrupção e pagamento de propina na comercialização de direito de transmissão de campeonatos e até venda de voto para escolha de País sede de Mundial são algumas das descobertas feitas pelas Promotorias dos Estados Unidos e da Suíça.

Para o Brasil, o que chama a atenção são as acusações contra os ex-presidentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Ricardo Teixeira, Marco Polo Del Nero e José Maria Marín devem responder no Judiciário sobre atos cometidos no comando da entidade. O último, inclusive, está preso desde 27 de maio. Ele foi capturado na Suíça e foi extraditado para os EUA em novembro, onde cumpre prisão domiciliar.

O modelo de gestão da CBF, com dirigentes corruptos, prioriza o lucro e não o talento. O modelo conquistou, sim, alguns títulos, principalmente por conta de uma excelente geração comandada por Ronaldo Fenômeno, Kaká, Cafu, Roberto Carlos, Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho. Contudo, a safra secou. Resultado: a vergonha diante da Alemanha.

A recuperação do futebol brasileiro depende da mudança de modelo. A publicidade, o marketing e o lucro fazem parte do jogo, mas enquanto só eles imperarem, vai ser difícil garimpar novos craques no Brasil.


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