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Guarulhos reduz em 94% o corte de empregos


22/03/2017
7:32 AM
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Raphael Pozzi
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Atualizado em 23/03/2017 10:18 am

A cidade de Guarulhos reduziu em 94% o corte de vagas no estoque de emprego em fevereiro, se comparado com o mesmo mês do ano passado. Em 2017, houve a diminuição de 95 postos de trabalho, enquanto em 2016 as demissões superaram as contratações em 1.531.

Os dados foram coletados no índice de Evolução do Emprego do Caged, ligado ao Ministério do Trabalho e Emprego. Para a economista e coordenadora do curso de administração de empresas da UNG, Nilza Siqueira, os números ainda não refletem uma proximidade com o “equilíbrio”. “Nós perdemos muitos postos de trabalho, uma hora iria começar a melhorar”, disse.

Segundo ela, no entanto, já dá pra perceber que a economia saiu da estagnação. “Sinais como a redução da Taxa Selic e dos juros indicam que tivemos melhorias graduais”, explicou.

De acordo com o economista George Sales, professor da Faculdade Fipecafi, o período de crise foi utilizado como “desculpa” pelas empresas para ajustes nas folhas salariais. “Muitos ganhavam acima da inflação. Com a retração, o empresário pode justificar os cortes ao trabalhador e aos sindicatos”, explicou. Segundo ele, agora há maior número de contratações porque quem ficou empregado está sobrecarregado. “O consumo não parou”, disse.

Busca – Contratações ainda não superam demissões, mas já há melhora (Foto: Lucas Dantas)

Profissionalização é importante

O presidente da Associação Brasileira dos Educadores Financeiros, Reinaldo Domingos, disse que o momento é ideal para que o profissional busque maior profissionalização. “Quando essas pessoas que conseguiram emprego agora começarem a receber, eu sugiro que invistam em cursos”, disse. Isso acontece porque o grau de exigência aumentou, de acordo com ele.

Além disso, “apertar o cinto” também é importante. “Não é porque você conseguiu um emprego que vai criar novas dívidas. Tem que ter consciência financeira”, explicou. A dica é aguardar um período e ir juntando dinheiro. “Se tiver algum débito, faça a renegociação mais pra frente, não assuma uma responsabilidade que você não terá como pagar”, indicou.

Confira as dicas do educador financeiro

  • Investir parte do salário em profissionalização;
  • Não recusar vagas com salários menores;
  • Ter consciência financeira: não fazer novas dívidas;
  • Tentar construir uma reserva para emergências;
  • Esperar o fim da experiência para renegociar dívidas.


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