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Mudanças nos ministérios trazem incômodo para a sociedade


30/05/2017
9:36 AM
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Editorial
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Atualizado em 30/05/2017 10:47 am

Uma coisa que precisa ser admitida é o fato de o governo de Michel Temer ser “transparente” em suas articulações. Em outras palavras, o peemedebista não esconde os estratagemas aos quais se utiliza para não ser atingido por processos movidos contra ele, ou, em última instância, que lhe permita ganhar tempo.

O estratagema mais recente do presidente foi trocar as lideranças dos ministérios da Justiça e da Transparência. Realizar mudanças no primeiro escalão do governo não é novidade. No entanto, o que foi feito no domingo, 28, deixa evidente a tentativa de blindagem de Temer e de seus, ainda, apoiadores.

O Governo Federal inverteu os comandos de ambos os ministérios supracitados. Osmar Serraglio, que era ministro da Justiça, foi para o Ministério da Transparência. Já Torquado Jardim, que comandava a pasta da Transparência, foi para a Justiça.

As mudanças podem parecer pertinentes para quem não costuma acompanhar de perto essa grande novela de tramas e trapaças ambientada no Planalto Central. Um terceiro nome deixará a estratégia de defesa política mais clara: o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), aquele mesmo que devolveu R$ 500 mil oriundos de propina paga pela JBS.  Vale destacar que ontem o advogado de Loures “saltou do trem” em movimento, alegando “impedimento ético” para manter a defesa do parlamentar.

Loures é suplente de Serraglio. Caso o ministro voltasse à Câmara, o “cara da mala” perderia o cargo de parlamentar e, consequentemente, o foro privilegiado. Loures é pessoa próxima de Temer, e tido como um homem-bomba, que precisa ser contido e desarmado. Caso o deputado-suplente se mantenha no cargo, garante para si imunidade frente à “Justiça comum”. Temer é um grande conhecedor da Constituição e das leis. Isso fica evidente em seus atos que, pelo menos, são transparentes em mostrar a tentativa de que a Justiça não seja feita, pelo menos de maneira tão rápida a ponto de atrapalhar a conclusão do seu mandato.


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