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O presidente, todos os homens do presidente e uma semana de decisão


06/06/2017
9:23 AM
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Editorial
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Atualizado em 06/06/2017 9:23 am

Brasília está sob tensão. O Brasil está apreensivo. Enfim, chegou o dia do julgamento da chapa Dilma-Temer, que começa nesta terça-feira. Com o TSE, o destino da República. Quase certo é que, independentemente da decisão, a insatisfação política seguirá, levando a outros desequilíbrios e incertezas. Se Temer chega a um ano de governo nesta condição de insegurança sobre seu futuro, parte da culpa deve ser imputada a ele próprio, que não passou no teste da escolha dos “homens do presidente” e, aparentemente, nem na lisura dos atos. O ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, flagrado recebendo R$ 500 mil em propina da JBS, é apenas mais um deles. Antes, tivemos Romero Jucá, José Yunes e Tadeu Filippelli, todos próximos ao presidente e que foram atingidos pela Operação Lava Jato. Jucá (PMDB-RR), para quem não se lembra, estreou a série de entrega forçada do cargo, depois de, em gravações com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, falar em pacto para deter o avanço da Lava Jato.

Outro que pediu demissão do cargo de assessor especial da Presidência, em dezembro de 2016, foi o advogado e amigo pessoal de Temer, José Yunes, apontado em delação da Oderbrecht como destinatário de propina e autointitulado “mula involuntária” do agora ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. E, mais recentemente, Tadeu Filippelli (PMDB), outro assessor especial do presidente, que teve de ser exonerado do cargo depois de também ser preso. É acusado de recebimento de propina oriunda das obras do Estádio Mané Garrincha. A lista seria ainda maior se incluir Geddel Vieira Lima, articulador político do governo que pediu demissão (em novembro de 2016) depois pressionar o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, para liberar uma obra no centro histórico de Salvador. Pode ser que nada deste histórico seja levado em conta pelo TSE na hora de julgar a chapa. Dilma já foi e pouco tem a perder. Mas Temer está aí, ainda que sem muitos dos seus homens de confiança. Eles já foram. Caíram pelos seus deslizes. Resta ver agora, o que acontece com o presidente.


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