Prefeitura realiza 1º Fórum de Acessibilidade
29/05/2017
10:27 AM
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Da Redação
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Atualizado em 29/05/2017 10:28 am
A Prefeitura realiza terça-feira, 30, o 1º Fórum de Acessibilidade e Inclusão 2017. O evento ocorrerá no Teatro Adamastor Centro (Avenida Monteiro Lobato, 734), a partir das 13h, com o tema “Emprego Apoiado”. A inscrição é gratuita e deve ser feita no link https://eventos.guarulhos.sp.gov.br/node/420.
Educadora da Subsecretaria de Acessibilidade e Inclusão de Guarulhos, Fernanda de Oliveira Nascimento destaca a importância da ação. “O município possui 5% dos empreendimentos de grande porte, 20% de médio e a maioria são micro e pequenas empresas. Para estes estabelecimentos, que a lei não obriga a contratação de deficientes por meio de cotas, é fundamental que eles vejam a real necessidade de contratá-los”, avalia.
José Carlos do Carmo, auditor fiscal da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Estado de São Paulo e coordenador do Programa de Inclusão da Pessoa com Deficiência, ministrará palestra no evento. O vice-presidente da Associação Nacional do Emprego Apoiado (Anea), Oswaldo Barbosa, fará um talk show para mostrar como promover a verdadeira inclusão dentro de uma empresa.
“Queremos falar com os profissionais de Recursos Humanos dos empreendimentos, conscientizá-los sobre o Emprego Apoiado, ensinando este método capaz de acolher um deficiente de maneira adequada, responsável e confortável, fazendo com que ele se sinta útil para o desenvolvimento da empresa”, disse a educadora.
Empresas precisam adequar os seus ambientes
O engenheiro André Cardoso, sócio da empresa HYG Consultoria Ocupacional, especializada em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho, afirmou que as empresas também precisam se preocupar com o espaço ao contratar um funcionário com deficiência.
“São adaptações simples, mas essenciais para o conforto e o bom rendimento de um deficiente no ambiente de trabalho. No caso de um cadeirante, por exemplo, devemos sempre ter em mente que a cadeira de rodas limita alguns movimentos”, explicou. “Não basta atender somente a lei de cotas e empregar profissionais com deficiência, é preciso dar condições de trabalho e conforto ergonômico. Tornar um lavabo acessível é só o começo de um projeto de acessibilidade, embora até mesmo isso seja ainda algo pouco comum nas empresas”, continuou.
Cardoso salientou, porém, que um projeto de acessibilidade pode ser mais simples do que parece. “Não é tão complexo e nem caro quanto os empresários imaginam, porém requer conhecimento pleno da legislação e uma abordagem sistêmica. Por exemplo, é mais comum haver a adaptação para um cadeirante, mas para deficientes visuais, é necessário um piso tátil – aqueles pisos com relevo que vemos em estações de metrô e aeroportos – com texturas e cores diferenciadas, facilitando a identificação do percurso destas pessoas”, disse.