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São Paulo inaugura exposição sobre o Holocausto


16/11/2017
9:25 AM
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Agência Brasil
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Atualizado em 17/11/2017 9:14 am

Uma réplica em tamanho natural de um barracão de prisioneiros judeus, objetos e peças de vestuários, pôsteres da propaganda nazista. Logo na entrada, a famosa frase do portão do campo de Auschwitz Arbeit Macht Frei (O trabalho liberta, em tradução livre), seguida pela foto de Anne Frank, a garota alemã cujo diário se transformou em uma das mais conhecidas obras do período do Holocausto. Uma exposição inaugurada no último dia  9 em São Paulo vai levar o visitante de volta ao passado para um período importante, embora trágico, da história mundial.

Considerado um dos episódios mais cruéis da humanidade, o Holocausto vitimou durante a Segunda Guerra Mundial mais de 6 milhões de judeus, entre eles 1,5 milhão de crianças, mas ainda é pouco conhecido entre os brasileiros, especialmente os mais jovens. Para preencher essa lacuna, o Memorial da Imigração Judaica inaugurou a exposição permanente sobre o tema e passa a se chamar, a partir da abertura ao público, Memorial da Imigração Judaica e do Holocausto.

“Essa preservação da memória é fundamental e é feita no mundo inteiro. Há museus do holocausto nas maiores capitais do mundo, então uma capital como São Paulo não podia deixar de ter seu Memorial do Holocausto”, disse o professor de história judaica Reuven Faingold, diretor de projetos educacionais do Memorial.

Desde sua concepção até sua inauguração, a mostra consumiu seis meses de preparação, com um eixo central: além de ser uma exibição de objetos, fotos ou vídeos históricos, é um local que produz um efeito sensorial no visitante. “Tentamos fazer um museu vivo, no sentido de que o visitante sinta na pele um pouquinho do que aqueles prisioneiros sentiram”, diz Faingold.

Memória – Mostra expõe objetos originais de vítimas da II Guerra (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Contato com objetos autênticos

A exposição do Memorial também proporciona contato com objetos autênticos pertencentes às vítimas do Holocausto e doados por seus familiares que hoje residem no Brasil. Outra seção comovente é a que exibe desenhos feitos por crianças prisioneiras dos campos de concentração, que retratam cenas observadas durante a terrível estadia naqueles locais.

A exposição ainda exibe vídeos em uma sala especial que narram episódios da época, como a Noite dos Cristais, quando nazistas lançaram uma onda de ataques a judeus em várias regiões da Alemanha e da Áustria em 1938, ou filmes de propaganda feitos para exaltar o governo nazista de Adolf Hitler.

História – Anne Frank também é lembrada na exposição permanente (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Para que jamais volte a acontecer

Faingold falou também sobre a importância de divulgar a exposição entre alunos e ensinar algumas definições pouco conhecidas pelos jovens brasileiros.

“É preciso falar o que é um genocídio, dar exemplos, e contar o que foi o Holocausto: foi apenas um em toda a história da humanidade, pela brutalidade, pelas etapas e a abrangência do fenômeno, pelo uso e abuso de tecnologias na indústria da morte, por todos esses motivos o Holocausto é diferente de outro tipo de genocídio”, explica. “Nós vamos tratar, dentro do possível, para que escolas estaduais com menos recursos possam vir aqui e visitar nosso memorial”, disse ele.

O Memorial da Imigração Judaica e do Holocausto, fica na Rua da Graça, 160, Bom Retiro,  próximo à Estação Luz do Metrô. A exposição permanente pode ser vista, gratuitamente, de segunda a quinta-feira, das 9h às 17h e, às sextas-feiras das 9h às 15h.  Aos domingos, a visitação só ocorre mediante agendamento.

Vivência – No local há a réplica de um barracão de prisioneiros (Rovena Rosa/Agência Brasil)


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