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Selic pode ser algo indiferente ao consumidor, mas fundamental


26/05/2017
9:33 AM
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Editorial
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Atualizado em 26/05/2017 9:33 am

No Brasil, com diria Millôr Fernandes, “o fundo do poço é apenas uma etapa”. A semana começa e não sabemos como o mês terminará. O mercado – esta instituição invisível, mas poderosa – sabe disso e há muito tempo já entendeu que, política à parte, a economia não pode parar. Assim, muitos especialistas já estão apreensivos sobre a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que acontece na terça, 30, e quarta, 31, para definir a taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está em 11,25% ao ano.

As divergências sobre a taxa são corriqueiras. Certo é que, com a inflação mais baixa, espera-se que, de fato, o Banco Central (BC) intensifique os cortes. Se confirmada a redução, será a sexta queda consecutiva da Selic, cujo processo de baixa começou em outubro de 2016, logo depois da confirmação do impeachment da então presidente Dilma Rousseff, ocorrido em 31 de agosto daquele ano.

Cortar ou elevar a taxa Selic pode ser algo indiferente ao consumidor mais desatento. No entanto, ela é um farol da economia e diz muito sobre a saúde do País. Essa taxa nada mais é que a média de juros que o governo paga por empréstimos tomados junto aos bancos. Quando ela está em alta, as instituições bancárias preferem emprestar seu rico dinheirinho ao governo, pela razão óbvia de que a “casa” está pagando bem. Assim sobra menos dinheiro para emprestar ao cidadão comum. Já quando está em baixa, o crédito bancário aos seus clientes fica mais interessante.

E, quando há mais oferta de dinheiro, há mais consumo; se há mais consumo, a produção aumenta; se a produção aumenta, exige-se mais força de trabalho; com mais gente trabalhando, há mais renda; mais dinheiro, mais consumo… e tudo de novo. Esse é o círculo virtuoso que o governo Temer anseia atingir. Evidentemente, os números e dados econômicos – ainda que diante das incertezas políticas – estão começando a ficar a favor do Brasil. É certamente um caso a ser estudado. Alguém consegue explicar? Como diria o economista Ricardo Amorim: “O Brasil está crescendo apesar do Brasil e não por causa do Brasil.”


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