Com menos de um ano de existência, o projeto “Kanna” ganhou os holofotes dentro do nicho de investimentos digitais, isso porque, a DAO (organização autônoma descentralizada) além de nacional, tem como foco algo que vai além dos negócios com Criptomoedas e inovações web3, envolvendo também a cannabis.
A Kanna visa basicamente o estudo e exploração do potencial comercial da cannabis no Brasil, através do mercado de criptomoedas. Ou seja, a DAO também tem o propósito de tentar usar de dois mercados que devem gerar trilhões no próximos anos, para causar impactos positivos que vão além do ambiente digital, chegando a atingir toda uma comunidade sob o mundo real.
Além disso, através também das Criptomoedas, a Kanna financia projetos de compensação de danos ambientais, que tem como projeção para até 2026 gerar mais de 40 milhões de reais, isso tudo com o token nativo do projeto, o KNN.
Em entrevista a magazine online ‘CoinTelegraph’, o cofundador do projeto Kanna, Luis Quintanilha, explicou o porquê da introdução desse mercado, que se justifica por meio da rentabilidade a princípio.
“São setores altamente rentáveis, além de possibilitar investimentos para reparar danos socioambientais causados pela humanidade. Somos um ativo digital que causa impacto no mundo real e aumenta sua eficiência ao longo do tempo”, afirmou Luis.
Conheça a espécie de Cannabis que vem recebendo atenção especial de projeto Cripto
Atualmente, em específico, o projeto da Kanna vem ficando no estudo e trabalho em cima de uma espécie da Cannabis, o cânhamo, que basicamente, é uma planta que pertence a espécie da Cannabis sativa e é muito eficaz na redução de CO2 (gás carbônico) na atmosfera, gás tóxico esse que é muito emitido a partir da mineração de Criptomoedas.
Sendo assim, o lastro da criptomoeda do projeto, a KNN, baseia-se em uma porção de solo revitalizado e CO2 neutralizado a partir do cânhamo, como forma de espalhar a “palavra” da iniciativa.
Quando aqueles que se tornarem detentores do token, é concedido um certo poder de voto em decisões diretamente dentro da Kanna, que vão de situações mais simples, até às complexas de inovação.
Ainda em entrevista, Luis Quintanilha contou mais sobre as ações ambientais em volta do projeto Kanna, que mesmo que positivos, ainda devem passar por represálias.
“A Kanna é uma DAO, ou seja, uma startup descentralizada de impacto social que reinveste o lucro gerado para expandir sua área de atuação e, consequentemente, melhorar o seu lastro em ações de impacto ambiental e social. Unimos a tecnologia blockchain com o mercado promissor do cânhamo, e buscamos quebrar o tabu da Cannabis por meio da conscientização e do modelo de governança descentralizada. Projetamos a Kanna para ter o ESG no centro da sua operação, aliando o impacto ambiental e econômico do cânhamo, com a transparência e a governança da blockchain”, explicou.
Apesar de todo esse projeto promissor e com grandes ambições, no Brasil, ainda existe um empecilho legal gigante para a implantação oficial da iniciativa.
Isso porque, a lei brasileira não permite a plantação de Cannabis Sativa em larga escala e para uso recreativo ou até mesmo medicinal, sendo essa segunda opção, legalizada, no entanto, a partir de uma grande burocracia.
Ou seja, mesmo que de forma recreacional, medicinal ou ambiental como é o caso da Kanna, ainda existe a barreira de que independentemente da finalidade, é proibido tal procedimento.