Renúncia de Dilma é a única solução para pacificar o País
18/03/2016
10:17 AM
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Editorial
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Atualizado em 18/03/2016 10:17 am
A incoerência sempre foi um dos principais defeitos do ser humano. Pode-se errar (depois reconhecer o erro), pode-se mentir (e depois voltar atrás ou não) só não dá para ser incoerente. Pode-se até mesmo mudar de opinião, mas explicar o motivo que o fez traçar uma nova rota em seu caminho.
Este “algo a mais” pode, na instância inicial, aparentar um detalhe a mais na taxonomia psíquica que diferencia o ser humano dos animais, porém, é um objeto de discussões e elaborações que intrigam os filósofos tais como Jean Paul Sartre (1905-1980). Por que o homem é incoerente?
A pergunta pode apresentar várias respostas, mas a mais aceita por psiquiatras e filósofos é uma só: o interesse em defender o seu lado.
Só isso pode explicar a verdadeira irracionalidade petista ao argumentar como golpe o desejo, que a imensa maioria povo brasileiro tem, de tirar Dilma Rousseff do poder. Logo o Partido dos Trabalhadores, apoiador de primeira hora do impeachment de Fernando Collor de Mello (que se transformou em renúncia) e de uma manifestação severa também contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Os dois, a exemplo de Dilma, foram eleitos por milhões de votos populares. E ninguém falou em golpe. Muito pelo contrário. Por isso é de se estranhar a fala da atual presidente. Parece estar em outro mundo, mente com cara deslavada.
Ao filósofo grego Eubulides de Mileto (Século IV a.C.) é atribuído o que se chama de paradoxo do mentiroso: “O homem diz que está mentindo.” Nesta asserção está implícito se o que ele diz é verdade ou mentira. Àqueles que insistem na mentira como se ela fosse uma verdade absoluta só resta uma classificação: a de mitômano (aquele que mente tanto e repetidas vezes, que acredita estar falando a verdade). Então pelo bem do País e de toda a população só resta uma saída digna para Dilma antes que o pior aconteça. Tenha dignidade presidente. Renuncie em nome de milhões que desejam o fim da corrupção.