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Protestos do dia 8 são fonte de preocupação para o Planalto


11/03/2015
12:01 PM
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Editorial
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Atualizado em 11/03/2015 12:01 pm

Sessenta e oito dias depois de começar o segundo mandato, a presidente Dilma Rousseff enfrenta uma onda pró-impeachment na internet. A consultoria Bites encontrou no Facebook 37 manifestações pela interrupção do mandato de Dilma, todas marcadas para o dia 15 de março. Mais de 1 milhão de pessoas confirmaram presença. A Bites checou seus perfis para evitar dupla contagem.

O Partido dos Trabalhadores procura amenizar o movimento, que promete ser mais intenso em São Paulo, ao dizer que o panelaço do último dia 8 foi um fracasso, pois se concentrou nas capitais em que a presidente perdeu as eleições. Pode até ser.

Mas pelo menos dois institutos de pesquisa mostraram que se as eleições fossem hoje, Dilma Rousseff não seria reeleita. E por um motivo muito simples: suas atitudes no início do segundo mandato estão indo de forma totalmente contrária ao que ela pregou durante toda campanha à reeleição presidencial.

Não cabe nem mesmo discutir se as medidas do ajuste fiscal são certas ou erradas. Do ponto de vista da maior parte dos economistas, elas são acertadas. O duro, na verdade, é convencer a população disso.

Pior: quem não votou em Dilma diz que já esperava por tudo isso, mas quem votou pela reeleição (pelo menos uma parte desse eleitorado) se sente frustrado e traído. Não é uma coisa tão difícil de se constatar.

Até mesmo pelo motivo de que governar também é ter que tomar medidas impopulares. A presidente sabia que o País não podia continuar caminhando na direção do abismo. O problema é que a população está com o sentimento de ter que pagar uma conta salgada em meio a desmandos administrativos, como o caso do Petrolão (escândalos de corrupção na Petrobrás). O PT e a presidente procuram demonstrar tranquilidade, mas existe uma preocupação grande com o dia 15.


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