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Violência contra mulher dobra em um ano

Nacional

Violência contra mulher dobra em um ano

Os processos em andamento dos casos de violência doméstica contra mulheres mais que dobraram na cidade em 2014, de acordo com dados do Tribunal de Justiça de São Paulo. Levantamento feito pela Folha Metropolitana constatou que, em 2013, exatos 2.177 processos estavam em andamento, enquanto em 2014 o número subiu para 4.431.

Destes processos, 2.254 foram abertos em 2014, enquanto os outros perduram desde o ano anterior. Apenas 22,5% dos casos tiveram medidas protetivas, um total de 509.

Estudo divulgado na quarta-feira, 4, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicadas (Ipea), revelou que se a Lei Maria da Penha não existisse, o número de mulheres vítimas de homicídios em residências seria 10% maior.

Mas para a professora de direito da Fundação Getúlio Vargas, Marta Machado, ainda é preciso aplicar todas as medidas de atendimento propostas pela lei para que os assassinatos de mulheres diminuam ainda mais. “A gente luta para que todas as políticas públicas da lei, como assistência médica, psicológica e as medidas preventivas, sejam cada vez mais efetivas”, disse Marta.

Segundo a advogada, um dos maiores problemas é a ausência do Estado, que só aparece depois da morte.

Além dos impactos físicos, a violência contra a mulher também afeta a autoestima e a vida social da vítima. Segundo o banco mundial, uma em cada cinco faltas das mulheres no trabalho é por conta da violência doméstica.

Medo - Agredidas, vítimas preferem não mostrar o rosto, pois sentem-se desprotegidas e envergonhadas (Foto: Alexandre de Paulo)

Medo – Agredidas, vítimas preferem não mostrar o rosto, pois sentem-se desprotegidas e envergonhadas (Foto: Alexandre de Paulo)



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